Majeski alerta para mudanças climáticas

Na sessão desta quarta, parlamentar repercutiu conferência mundial sobre o assunto realizada este mês, no Egito

Por João Caetano Vargas, com edição de Angèle Murad | Atualizado há 3 meses

Majeski em pé fala ao microfone na tribuna do plenário
Majeski defendeu medidas mais efetivas para combater o problema / Foto: Lucas S. Costa

A 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito, foi o tema do pronunciamento do deputado Sergio Majeski (PSDB) durante a sessão ordinária desta quarta-feira (23). O parlamentar alertou para a necessidade urgente de se diminuir a emissão de gases no mundo para frear as consequências climáticas que já são sentidas em todas as regiões do planeta.

“É muito importante que essas conferências ocorram e elas vêm ocorrendo há muito tempo. Alguns acordos já foram feitos, como ainda lá no início dos anos 2000, o Tratado de Kioto, depois o Acordo de Paris. E no Egito, na Conferência do Clima, no final, conseguiram fazer ali um acordo para que os países mais ricos financiem os programas de redução de emissão de gases e também das consequências do aquecimento global”, afirmou.

Majeski, porém, cobra medidas mais efetivas. O tucano lamenta que líderes globais usem essas conferências somente como palanque, para fazer discurso e posar para fotos com outras lideranças mundiais. “Há quantas décadas que os cientistas e os estudiosos estão alertando sobre os problemas ambientais e o que a gente vê de prático efetivamente? Muito pouco, e as consequências não são mais para o futuro. Para o futuro as consequências serão agravadas, porque as consequências nós estamos vendo agora”, alertou.

As responsabilidades são proporcionais às economias de cada país, segundo o deputado. “Os maiores emissores são os países mais ricos, não são os países mais pobres. A China, por exemplo, que é o país que mais cresce no mundo, hoje a segunda maior economia e deve se tornar a primeira, é de longe o maior emissor de gás. Depois vêm os Estados Unidos, depois, no conjunto, a União Europeia, e por aí vai”, pontuou.

“Os países pobres, os países pequenos, emitem muito pouco e são aqueles que mais vão sofrer”, alertou Majeski. O professor citou como exemplo pequenas ilhas localizadas no Oceano Pacífico que estão prestes a desaparecer do mapa por conta da elevação do nível dos oceanos, causada pelo aquecimento global e pelo consequente derretimento das geleiras nos polos do planeta.

Álbum de fotos da sessão desta quarta

Refugiados ambientais

O parlamentar também chamou a atenção para as consequências dessas devastações, que acabam gerando refugiados ambientais. “Pessoas que serão obrigadas a mudar de suas regiões, em função das secas ou inundações, sejam provocadas por chuvas ou pelo aumento do nível do mar, em países que já não conseguem dar conta do problema que eles têm hoje. Como muitos países, sobretudo do continente africano, mas também países da América Latina, países asiáticos e de outras regiões”, lamentou.

“É pra ontem que a questão ambiental entre de verdade na ordem do dia com ações concretas. E a população precisa se conscientizar disso. Não adianta você falar sobre redução de emissão de gases, redução de problemas ambientais, se a gente não partir do princípio de que é fundamental uma mudança de comportamento da população. Porque ou se reduz, por exemplo, a questão do consumismo, ou nós não conseguiremos nunca resolver problemas ambientais”, concluiu.

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