Os 50 anos do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) foram celebrados na Assembleia Legislativa (Ales) na noite da última quinta-feira (23). Equipe profissional e gestores, além de empresários e figuras públicas que trabalham para o fortalecimento da instituição filantrópica foram homenageados com a entrega de placas. No evento, participantes destacaram a contribuição da unidade para a saúde do capixaba.
Ex-médico do Evangélico, o proponente da homenagem, Doutor Hércules (Patri), lembrou um pouco da história do hospital, com seu início ainda na década de 1950, pontuou os serviços de referência ofertados atualmente e enalteceu os certificados de qualificação adquiridos. Hércules revelou que destinou, desde 2008, um total de R$ 1,7 milhão à unidade, o que ainda considerou pouco. “São 50 anos cuidando de gente com carinho”, frisou.
Fotos da sessão solene
O colega de plenário Dr. Rafael Favatto (Patri) deu destaque à dedicação dos profissionais e o zelo e a responsabilidade com o dinheiro público exercidos pelos gestores da unidade. “A gente vê ali, do profissional de limpeza, do porteiro que fica lá na frente, do segurança que fica no estacionamento, até a Sirlene (superintendente), o carinho e a dedicação de todos os profissionais daquele hospital”.
A superintendente da Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), Sirlene Motta de Carvalho, afirmou que o hospital atua há 50 anos em defesa da vida, tendo realizado mais de 13 milhões de atendimentos nesse período. Ela também falou sobre os princípios da instituição, “pautados na ética cristã, na integridade e na equidade. Sob esses princípios a unidade construiu seus valores”, salientou.
De acordo com a superintendente da Aebes, entidade mantenedora do HEVV, entre outros hospitais capixabas, ao longo desses 50 anos o Evangélico aproveitou as oportunidades de mercado e administrou os desafios para crescer e atingir sua missão. Sirlene lembrou que a trajetória de dedicação permitiu à instituição receber o certificado da Organização Nacional de Acreditação (ONA) no nível 3.
Desafios
No entanto, como destina 90% de seus serviços para pacientes da rede pública de saúde, a unidade enfrenta desafios, revelou Sirlene. Por conta do subfinanciamento do SUS, analisou, o endividamento e os empréstimos fazem parte do dia a dia do hospital. “As instituições filantrópicas para serem sustentáveis dependem de uma gestão criativa, eficiente e inovadora, com boas parcerias para cobrir em média o déficit de 40% dos custos do SUS”.
Para o titular da Saúde estadual, Nésio Fernandes, hoje a relação do Estado com a filantropia não é de caridade, como no passado. Segundo projetou, o Evangélico de Vila Velha deve liderar as melhores práticas no novo modelo de atenção baseado na contratualização como instrumento de remuneração, levando em conta fatores como desempenho e performance. “Vamos conseguir entregar para o povo capixaba uma saúde totalmente diferenciada”.
Representando o Ministério Público do Estado (MPES), a promotora Inês Thomé Poldi Taddei destacou a importância do perfil de atendimento da instituição para os pacientes capixabas. Rememorando anos passados de dificuldades para os filantrópicos, reconheceu a excelência da prestação de serviços do HEVV. “As lutas foram muitas, mas as vitórias também foram muitas. Hoje a gente tem o Hospital Evangélico prestando um excelente serviço”.
Também compuseram a mesa de autoridades o diretor de Relações Institucionais do HEVV, Ricardo Evald; o representante do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Bartolomeu Martins; o reitor da Faesa Alexandre Nunes Teodoro; o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), Fabrício Gaeede, o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PSDB); e o vereador de Vila Velha Joel Rangel (PTB).
HEVV
A origem do Hospital Evangélico de Vila Velha remonta ao ano de 1956 quando as Igrejas Batista, Casa de Oração, Confissão Luterana, Metodista, Presbiteriana do Brasil e Presbiteriana Unida criaram a Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes). O objetivo era construir um hospital para atender os mais vulneráveis. A obra foi inaugurada em 1972, no bairro Alecrim, com o aporte financeiro da Central Evangélica de Bonn (Alemanha).
Filantrópico, realiza atendimentos particulares e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente é referência em cardiologia, cirurgia bariátrica, oftalmologia, terapia renal substitutiva, oncologia, cabeça e pescoço, neurocirurgia e transplante de órgãos. A unidade conta com pronto-socorro cardiológico, além de centro de diagnóstico por imagem completo. Um dos diferenciais da instituição é o foco na humanização da assistência.
Lista de homenageados
Anselmo Tozi
Ademar Kerckhoff
Alexander Mendes Cunha
Alexandre Nunes Theodoro
Allan Rodrigues de Oliveira
Antônio Carlos Gavazza
Carlos Alberto Emerich Gomes
Delci Pereira da Silva
Etore Selvatici Cavallieri
Fabrício Gaeede
Fredolin Boldt
Giovani Gums
Helmar Antonio Henrique da Silva
Inês Thomé Poldi Taddei
Jacira Lenke Seidel
Jackson Gabler
José Carone Junior
Jose Oliveira Miranda
Laerce Saudino Cardoso
Marcos Antonio Vicente
Milsa Marcia Gonçalves
Nésio Fernandes de Medeiros Junior
Renato Casagrande
Ricardo Ewald
Rodrigo Andre Seidel
Rose de Freitas
Sirlene Motta de Carvalho
Soraya Manato
Tadeu Antonio de Oliveira Penina
Wilmar Boldt (representado por Giovani Gums)