O coordenador do Núcleo Otacílio Coser de Apoio às Organizações da Sociedade Civil, Carlos Ajur, participou da reunião da Comissão de Saúde desta terça-feira (17). Ele falou sobre o trabalho desenvolvido pelo setor da Assembleia Legislativa (Ales): “É um serviço de apoio e orientação a essas organizações que têm dificuldade para buscar o assessoramento jurídico e administrativo, que tem um custo alto no mercado”, explicou Ajur.
Segundo o coordenador, o núcleo já atende organizações de todas as regiões do estado, “principalmente pequenas e médias organizações que não têm estrutura financeira para contratar uma equipe administrativa” e que prestam serviços em diversas áreas, como assistência social, cultura, esporte, educação, saúde, reciclagem, proteção animal e defesa dos direitos das pessoas com deficiência, das crianças e adolescentes e pessoas idosas.
De acordo com Carlos Ajur, a Ales é a única assembleia legislativa do país a prestar esse tipo de serviço, o que auxilia no desenvolvimento do trabalho social dessas organizações “para que a sociedade em vulnerabilidade social possa ter seus direitos e sua cidadania em pleno exercício”, destacou.
Álbum de fotos da reunião da Comissão de Saúde
União de Cegos
O trabalho de uma organização do terceiro setor foi destacado pelo coordenador do núcleo, o da União de Cegos Dom Pedro II (Unicep), de Vila Velha. Ele falou sobre o laboratório que existe na entidade para reabilitação das pessoas cegas. O laboratório simula um apartamento com todos os ambientes, como cozinha, quarto, lavanderia, em que o profissional trabalha a reabilitação para as atividades domésticas diárias, como o manuseio do fogão e o cuidado com as roupas.
“Ali o técnico reabilita para atividades da vida diária, como mexer com a cozinha, com o fogão, fazer comida, lavar roupa, passar roupa, arrumar a cama. Isso traz uma independência muito grande para a pessoa cega. Traz autonomia para que ele possa ter uma vida normal”, detalhou. De acordo com Ajur, só existem dois laboratórios desse tipo no estado: o da Unicep e o do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Nota premiada capixaba
O coordenador do Núcleo Otacílio Coser aproveitou sua participação na reunião da Comissão de Saúde para conclamar a população capixaba a aderir ao programa Nota Premiada Capixaba. O cidadão que se cadastra no programa e solicita a inserção do CPF nas notas fiscais concorre a prêmios em dinheiro e ainda ajuda instituições sociais.
“O programa tem trazido um grande ganho para as associações. Esse recurso público entra nos seus caixas e ajuda a prestar um serviço de qualidade à população vulnerável. Isso significa muito para essas organizações que podem ir pagando seu custeio”, explicou.