Bahiense: segurança pública como prioridade

Parlamentar reeleito diz que vai lutar pela melhoria da remuneração e das condições de trabalho dos servidores da área 

Por Gleyson Tete, com edição de Angèle Murad

Homem de cabelo grisalho, de terno preto e gravata vermelha, sentado com mãos unidas
Bahiense destaca outras bandeiras como a promoção de acessibilidade para pessoa com deficiência / Foto: Tati Beling/Arquivo Ales

“A segurança é um gargalo que necessita de muita atenção no nosso Estado.” O recado é do Delegado Danilo Bahiense (PL), 66 anos, reeleito para a Assembleia Legislativa (Ales) com 24.970 votos. Nos próximos quatro anos o parlamentar promete continuar trabalhando por melhorias nessa área e por avanços para todas as categorias da segurança pública estadual.

Entre os problemas apontados estão os plantões das delegacias, que demandam “ajustes”; o déficit de servidores, de 1,4 mil na Polícia Civil (PCES) e de 3 mil na Polícia Militar (PMES); e as remunerações abaixo da média nacional das forças de segurança, em especial, de médicos legistas, peritos criminais e delegados. “É necessário rever isso, já que um Estado nota A nas finanças não pode ser nota 0 com os servidores”, argumenta. 

O parlamentar reeleito afirma que vai prosseguir fiscalizando as ações do governo nesse campo e apresentando sugestões para melhorar as estruturas. “Assim como fizemos com os conselhos tutelares do Estado, em que mostramos os problemas, mas também trouxemos a solução, com o uso dos recursos das penas pecuniárias para aparelhar esses órgãos”, ressalta.

Bandeiras

Além da segurança pública, Bahiense coloca como bandeiras do próximo mandato a defesa das crianças e dos adolescentes, da educação, do direito do consumidor e, ainda, a promoção da acessibilidade para as pessoas com deficiência.

Ele, inclusive, adianta que vai reapresentar projetos que foram arquivados na atual Legislatura por conta do tempo de tramitação. Também vai empreender ações nas áreas de segurança, educação e saúde e pretende propor novas frentes parlamentares.

Relação com o Executivo

Reeleito num palanque de oposição ao governador reeleito Renato Casagrande (PSB), o deputado fala que dialoga com o Executivo, ouve as propostas da gestão e aí apresenta suas ideias. Contudo, salienta sua posição na Assembleia, pontuando que é conservador e trabalha pelo bem do Espírito Santo, votando os projetos conforme o “desejo dos capixabas”. 

“Somos independentes, nem sempre o que detalhamos será acatado e vice-versa. A política é isso. O que não pode ocorrer é como nos casos das emendas parlamentares, em que instituições que precisam tanto do recurso ficam sem dinheiro por questões partidárias”, lamenta.

Espaço da Ales

Na atual Legislatura, Bahiense presidiu no primeiro biênio a Comissão de Segurança e no segundo, a de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Política sobre Drogas. Em virtude da experiência de décadas na área policial, reforça que tem o interesse de permanecer atuando nesses colegiados. 

“Também fizemos a diferença na Comissão de Defesa do Consumidor, na qual conseguimos ajudar capixabas a terem seus direitos respeitados, como em cobranças indevidas. Por nossas ações famílias receberam até R$ 10 mil da Cesan por conta de valores cobrados injustamente”, destaca. 

Vida pessoal e carreira

Natural de São Torquato, Vila Velha, ele é formado em Administração, Direito e Psicanálise.É casado, pai de seis filhos biológicos e outros quatro “do coração”. Quando não está envolvido com as questões políticas, prefere passar os momentos de folga com a família. “Nas horas de lazer gosto de curtir o meu tempo com a família, que é uma dádiva de Deus”, frisa.

Antes de entrar na política, Bahiense atuou por cerca de 30 anos na Polícia Civil. Segundo ele, exercendo a função de delegado pôde ajudar muitas pessoas e esse, inclusive, é um traço de sua família. “Gostamos de ajudar as pessoas. Meus pais eram assim, meus irmãos são assim e eu não poderia ser diferente”, afirma. Ele conta que foi justamente essa vontade de auxiliar ainda mais as pessoas que o fez despertar para a política.

Em 2010 e 2014 disputou as eleições, mas não obteve êxito. Nesse período voltou às atividades na PCES e assumiu, em 2011, a Superintendência de Polícia do Interior, pondo fim aos presídios que ficavam em anexo às delegacias. Depois, em 2014, na Superintendência de Polícia Técnico-Científica, trabalhou para dar agilidade em perícias de armas e nas análises de laudos toxicológicos e realizou mutirões para confecção de carteiras de identidade.

Finalmente, nas eleições de 2018, voltou a se candidatar e então veio a primeira conquista no Poder Legislativo estadual ao receber 36.064 votos. “O tempo de Deus nos proporcionou estarmos preparados para os desafios de 2018 e agora de 2022. Agradecemos aos capixabas que acreditam em nosso trabalho”, finaliza.

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